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Pergunta 11 – Donde se infere que o Filho e o Espírito Santo são Deus, iguais ao Pai?

Já vimos nas perguntas anteriores que as três pessoas da Trindade são Deus em igual forma e poder. A resposta do Catecismo Maior a esta pergunta XI é que “As Escrituras revelam que o Filho e o Espírito Santo são Deus igualmente com o Pai, atribuindo-lhes os mesmos nomes, atributos, obras e culto que só a Deus pertencem.”(Cf. Gn. 1. 2; Isaías 9. 6; João 1. 1; Cl. 1. 16; Tt. 2. 13).

O Catecismo salienta em primeiro lugar o fato de que a Trindade é evidenciada na Bíblia através do nome, ou seja, por vezes o Espírito Santo é reconhecido como Deus (At. 5. 1-11), bem como o próprio Jesus (1Jo. 5. 20). Logo concluímos que os três são um em poder e glória. Assim, devemos entender que o estado humilde e humilhante de Jesus quando estava aqui na terra não era porque ele é assim em sua natureza, mas, antes, se fez assim por um tempo, para nos redimir. Também entendemos que o Espírito Santo não aparece tanto quanto a pessoa de Cristo, não porque ele não seja Deus, mas porque seu papel na história da redenção é apontar para Cristo, é glorificar a Cristo (Jo. 16. 14)

Quando o Catecismo responde que as três pessoas da Trindade são iguais em obras, isto significa que o Espírito Santo abriu o Mar Vermelho. Significa que entender que Jesus criou o mundo em sete dias. Significa que devemos olhar para os feitos de Deus, desde o Antigo Testamento, e entender que o Pai, o Filho e o Espírito estavam agindo.

O Catecismo ainda aponta para a obra e participação da Trindade no culto. A dinâmica funciona da seguinte forma: O Pai recebe nossa adoração por intermédio do Filho, e por intervenção do Espírito. Só podemos adorar a Deus de forma que lhe seja aceitável se o fizermos por intermédio de Jesus, crendo que o seu sacrifício tornou nossa adoração aceitável ao Pai.

O Espírito Santo, por sua vez, nos insta a adorar a Deus, inclinando nossos coração à adoração.O Espírito Santo ainda trabalha no sentido de fazer sua Palavra penetrar em nossos corações. Ademais, devemos entender que a Trindade não apenas participa de nossa adoração, mas é ela, antes,o alvo de nossa adoração. Portanto, no culto solene, em suma, nós adoramos o Pai, o Filho e o Espírito Santos. Isto não excluiu a verdade de que cada uma das pessoas da Trindade  tem seu papel em nossas vidas e em nossa adoração.

A doutrina da Trindade foi muito atacada na história da Igreja, a começar pelo Arianismo, que era uma doutrina criada por Ario, um bispo que não acreditava na Trindade, nos primeiros séculos da era cristã. Hoje em dia há muitas seitas e religiões que não creem na Trindade. Devemos tomar muito cuidado com estes falsos ensinos.

Que Deus nos abençoe ricamente por intermédio de sua Palavra!

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