Pergunta 132 – Quais são os pecados dos iguais?
Os pecados dos iguais, além da negligência dos deveres exigidos, são a depreciação do merecimento, a inveja dos dons, a tristeza causada pela promoção ou prosperidade dos outros, e a usurpação da preeminência que uns têm sobre outros.
Nm 12:2; Pv 13:21; Is 65:5; Mt 20.15;25-27; Lc 15:28,29;22:24-26; Rm 13:8; II Tm 3:3; At 7:9; Gl 5:26; I Jo 3:12; III Jo 9.
A pergunta 132 do Catecismo está diretamente relacionada com a pergunta 131 (“quais são os deveres dos iguais?”) e, por isso, podemos afirmar que o não cumprimento desses deveres resulta no pecado entre iguais.
O Catecismo Maior de Westminster, a partir da questão 126, trata da abrangência do quinto mandamento, ou seja, dos tipos de relações estabelecidos fora do ambiente familiar (relação filho com pai e mãe) – e busca orientar, conforme às Escrituras, o modo pelo qual devem ocorrer as relações entre superiores, inferiores e iguais. Conforme a CFW, ocupamos posições ora de superioridade, ora de inferioridade em nossos relacionamentos e ambos têm deveres uns para com os outros. Porém, entre os superiores e entre os inferiores (isto é, entre os iguais), devem-se observar alguns princípios e, quando não observados, incorre-se em pecado.
Na carta do apóstolo Paulo a Timóteo ele pedia que ninguém o desprezasse pela sua pouca idade, e que ninguém menosprezasse o dom que lhe havia sido imposto por imposição de mãos pelos presbíteros, reconhecendo seus méritos e os dons que lhe fora atribuídos da parte de Deus.
Da mesma forma, como cristãos não devemos nos entristecer pela promoção ou prosperidade dos outros, pois bem sabemos que Deus governa e controla tudo o que acontece é da sua soberana vontade, e que devemos andar em novidade de vida e que fomos chamados das trevas para sua maravilhosa luz.
Também não devemos nos aproveitar de nossa posição em relação ao nosso semelhante, antes devemos tratar o próximo como superior a nós exercendo a humildade e o amor ao nosso próximo, pois esta é a vontade de Deus. (Fp. 2.3)
Portanto, devemos nos voltar aos deveres para com os iguais, apontados pelas Escrituras, a fim de não pecarmos contra Deus e nem contra o nosso semelhante, que Deus assim nos ajude a cumprir a sua palavra.
Deus nos abençoe.