JUSTIFICANDO AO JUSTO E PUNINDO AOS CULPADOS

Homens corruptos, homens que tem poder, ou ainda, muito poder. Homens que se comparam a deuses, essa é a referência que a palavra “juízes” tem no texto em questão. Esses homens não só tem condições financeiras como também influência e capacidade intelectual, homens que têm a oportunidade de fazer o bem e assim ajudar pessoas menos favorecidas, e portanto, mais necessitadas. Estes homens estão ocupados em fazer o melhor para si e para os seus e, quanto mais eles tem, mais parecem querer – “O céu é o limite”, é o que dizem, mas na verdade não buscam chegar lá para habitar e desfrutar, mas sim dominar também aquele espaço. Não estou citando políticos do nosso país, tão pouco juízes ou reis Israelitas do passado ou presente, cito os homens, isto é, a humanidade.

Após a queda e pela mesma motivação o homem tem agido de forma a desrespeitar as leis de Deus, seus corações malignos (Gn 8.21; Sl 51), fazem sempre contrário ao que Deus quer, isso deixa Deus irado pois Ele é Santo, mas existe um povo ao qual toma para si esta indignação, não por sua própria santidade ou justiça, mas a santidade a qual busca e justiça a qual lhes fora imputada por Cristo o filho de Deus à esse povo chamado de Seu (Jr 32.38). Éramos homens e mulheres que agiam e reagiam da mesma forma e com os mesmos interesses que os citados no texto, mas um dia chamados para estarmos ao lado de Deus, hoje lutamos por sua Honra e Glória, fazemos da nossa vida sua ferramenta para que seus atributos sejam comunicados à humanidade. O salmista usa nos versos 6-9 uma linguagem terrível expressando seus desejos à esses homens que ainda vivem lutando contra Deus, este salmo é um dos chamados Salmos Imprecatórios, são salmos que exprimem o desejo de vingança da Justiça de Deus contra os seus inimigos, mas a real motivação destes salmos não é satisfazer os desejos de vingança que temos de homens que outrora éramos iguais, e sim que a justiça de Deus seja aplicada para que seu Nome e sua Glória sejam vistos e conhecidos em toda a terra.

Embora os iníquos não esperem tão cedo a retribuição, ela certamente virá porque “há um Deus, com efeito que julga na terra.” (v. 11).

Nenhum homem que estará no inferno estará lá injustamente, todo o homem que entrar no céu estará lá sem merecimento algum.

Glória a Ele pois somos seu justificado povo por sua Graça e Misericórdia.