A TRAGÉDIA DE PETRÓPOLIS
Verdades Bíblicas sobre as tragédias humanas
“[…] não temeremos, ainda que a terra se transtorne e os montes se abalem no seio dos mares;
ainda que as águas tumultuem e espumejem e na sua fúria os montes se estremeçam.” (Salmo 46)
Nesta última semana a cidade de Petrópolis no Rio de Janeiro experimentou uma tragédia desoladora, uma grande enchente e deslizamento de terra atingiu a cidade, quase que por inteira, causando mortes, feridos e deixando um rastro de destruição. Devido às circunstâncias topográficas, os riscos ainda permanecem. Até a data de 18 de Fevereiro de 2022, o número de mortos já era superior a 120 pessoas.
Nesse momento nós naturalmente refletimos acerca de eventos catastróficos nesta magnitude, especialmente sob um olhar metafísico, ou seja, a razão de Deus permitir tais eventos. Este ensaio pretende trazer apontamentos resumidos e objetivos sobre como a Bíblia encara a dor humana, sob a ótica do próprio Deus.
A primeira verdade bíblica sobre as tragédias e a dor humana é que o próprio Deus sabe o que é sofrer, mais do que qualquer pessoa. Sim é verdade que é Deus, em seu poder e soberania, que permite a dor, o sofrimento e as tragédias. Todavia, não devemos encarar isto como falta de amor. Os questionamentos humanos tem um limite de alcance. O limite é a cruz de Cristo.
É natural vir, as vezes quase que inevitavelmente, aos nossos corações o questionamento sobre as razões porque Deus permite um sofrimento como em Petrópolis. Mas, imediatamente devemos ser direcionados à cruz de Cristo, pois a cruz de Jesus impõe limite aos nossos questionamentos, pois, como podemos questionar o amor de um Deus que permitiu uma sangrenta, lenta e dolorosa morte de seu próprio filho para livrar do fogo eterno a alma de humanos rebeldes e duros de coração? Por isso, a cruz é o limite final de nossos questionamentos. Ou seja, depois da morte de Jesus, Deus não precisa provar mais nada, ao contrário, nós é que devemos provar-lhe gratidão.
A segunda verdade é que, o fato de Deus permitir a dor não significa que ele seja insensível. Lembremo-nos da morte de Lázaro, amigo de Jesus (cf. Jo. 11).
Mesmo sabendo da dor que as irmãs de Lázaro experimentariam Jesus permitiu a morte deste. E mesmo sabendo que Deus ressuscitaria Lázaro, a Bíblia deixa claro que Jesus se comoveu profundamente em seu íntimo ao ver as irmãs de Lázaro chorando. Jesus chorou! Quem disse que Jesus não compartilha da dor das mães que clamam por seus filhos em Petrópolis?
A terceira verdade que a Bíblia nos ensina sobre a tragédia é que a nossa dor é momentânea, ou seja, ainda que soframos por nossa dor ou ao presenciar a dor de outrem, a Bíblia nos promete que haverá um tempo que a dor não mais existirá, quando Cristo em sua volta restaurar todas as coisas, como atesta o Livro de Apocalipse capitulo 21.
Conclusão: Como encarar tamanha dor, como da tragédia de Petrópolis? Com um olha na cruz outro na Glória. Olhe para o amor de Deus revelado na cruz de Cristo (Rm. 5. 8) e olhe para a glória que a de ser revelada em nós (Rm. 8). Lembre-se: “Se nossa esperança se limita apenas a esta vida, somos os mais infelizes dos homens.” (1Co. 15. 19). Portanto, “Consolai-vos, pois, uns aos outros com estas palavras.” (1Ts. 4. 18).