A POSTURA CRISTÃ NAS ELEIÇÕES 2022

As eleições 2022 foram marcadas por muitos conflitos, debates e polarizações políticas, até mesmo no seio da igreja. Foi uma eleição que causou muito desconforto, ansiedade e preocupação no coração de muitas pessoas e, até mesmo, de muitos cristãos. Em situações assim nós devemos sempre recorrer às Escrituras Sagradas sobre como nós devemos nos portar, em face ao resultado que ocorreu nas eleições de 2022.
Em primeiro lugar é importante salientar que nós devemos sempre confiar na soberania de Deus (Jó 42. 1-2). A Bíblia deixa claro que Deus É soberano e controla todas as coisas e não apenas isto mas ele é quem levanta os reis e os abate (Sl. 139. 16; Pv. 16. 33; Dn. 2. 21; Rm. 13. 1-4). No final das contas, quem determina o resultado final das eleições é o próprio Deus, a despeito da nossa liberdade de escolha, tanto do ponto de vista democrático e político quanto do ponto de vista de nossa responsabilidade moral. Somos uma geração privilegiada e vivemos em um país privilegiado por estarmos debaixo de uma democracia, algo que os primeiros cristãos não experimentaram pois estavam debaixo de um império totalitário. Nesse cenário, quando um candidato não vence, a tendência de muitos é desanimar ou cair em um estado de tristeza ou desesperança quanto a um futuro incerto, enquanto outros se alegram e colocam a esperança da nação nas mãos de um ser humano. Devemos entender, no entanto, que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus. Isso significa que, independente de quem ganhou as eleições, Deus é quem está por trás disto e sempre suas decisões, seus decretos são melhores e visando o bem de seu povo, ainda que esse bem sobrevém, por vezes, através de lutas e tribulações (Rm. 8. 26). Descanse em Deus. Confie nas decisões de Deus. Não ame a Deus apenas de palavra, mas ame também as suas decisões.
Em segundo lugar, nós devemos nos preocupar, principalmente, em manter o foco nas questões espirituais, sem deixar de lado nossa cidadania terrena. Porém, nossa prioridade não é a nossa cidadania terrena mas, sim, os princípios e valores espirituais, tais como a evangelização e a pregação da Palavra. Nossa esperança não tem que estar em mudanças em um cenário político, a despeito de nossa responsabilidade e de nosso papel como cidadão terreno, mas nossa esperança, Como diz Paulo, em primeira Coríntios capítulo 15, não se limita a esta terra, mas diz respeito a glória que há de ser revelada em nós. Então continue evangelizando, pregando a Palavra e falando de Cristo. Discuta questões éticas, culturais e morais com os ímpios à medida que forem questionando. Mas não mantenha o foco nisto. Mantenho o foco na evangelização, em falar da justiça e do amor de Deus. Em falar do pecado mas culminando na graça de Deus.
Em terceiro lugar, independente de quem ganhou as eleições, mantenha uma postura de oração e intercessão em favor dos governantes, pois esta é a ordem de Deus, como está escrito em Primeira Timóteo capítulo 2. Nesse sentido ore para que Deus dê sabedoria aos governantes. Ore para que tenhamos paz em nosso país. Ore para a questão da segurança, saúde pública e economia, e, para que a igreja continue tendo paz para pregar o evangelho.
Em quarto e último lugar, não abandone o amor cristão por causa de debates políticos. Se seu irmão pensa diferente de você não deixe de amá-lo por causa disso. Você pode tentar convencê-lo de seus argumentos, dialogar, mas, nunca ter raiva ou considerá-lo menos inteligente que você só porque ele tem uma outra posição política ou até mesmo não considerá-lo como cristão verdadeiro porque ele pensa diferente de você. Discuta as questões políticas, mas com amor cristão e, nunca permita que a política esteja acima do amor fraternal.
Ademais, que a paz de Cristo seja o árbitro em vosso coração (Cl. 3. 15). Continuemos firmes na pregação do evangelho, na busca por santificação, no discipulado, no amor fraternal e, glorificando a Deus em todas as nossas obras, alimentando sempre a nossa esperança da volta de Cristo. Que Deus nos abençoe.