151. Quais são as circunstâncias agravantes que tornam alguns pecados mais odiosos do que outros?
Certamente não existe pecadinho ou pecadão como foi explicado na pastoral anterior (Pergunta 150). Perante Deus todos os pecados são iguais e independente do pecado, ele causa separação entre os homens e o próprio Deus, como lemos em Isaías 59.2:
“… Mas as vossas iniquidades fazem separação entre vós e o vosso Deus; e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para que não vos ouça.”
Diante dessa verdade bíblica carecemos todos os dias da misericórdia de Deus, pois o que realmente merecemos é a condenação eterna, mas estamos diante de um Deus amoroso conforme observamos em Joao 3.16-17:
“… Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. Porque Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para que condenasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele.”
Outra verdade é que Deus segundo a sua infinita misericórdia não levou em conta nosso passado como esta escrito em Atos 17.30:
“… Mas Deus, não tendo em conta os tempos da ignorância, anuncia agora a todos os homens, e em todo o lugar, que se arrependam;”
Contudo não podemos negar que o próprio Deus nos deu uma serie de leis, as quais nos ensina que apesar das verdades já mencionadas, dependendo da natureza do pecado a consequência será mais dura do que a outra, ou seja, não podemos negar que existe uma diferença ou gravidade do pecado cometido em comparação a outro.
Isso fica muito nítido quando observamos um julgamento nos tribunais do nosso País, ou seja, aquele que cometeu o pecado de roubar uma caixa de leite de um estabelecimento qualquer não será julgado como aquele que cometeu o mesmo pecado do roubo de um banco por exemplo. Ambos serão julgados e sentenciados, mas certamente o que roubou uma caixa de leite pegará uma sentença mais branda do que aquele que roubou uma grande quantia em dinheiro de uma agencia bancaria.
Em nossa igreja existe um código de conduta, o qual nos exorta a colocarmos na balança a gravidade do pecado.
Por exemplo, quando o pecado parte de um líder ou de uma liderança a visibilidade é maior e o risco também, pois muitos podem tropeçar por conta do pecado do seu líder. Ao contrario de um membro que está chegando à igreja ou que não tem o conhecimento pleno de suas responsabilidades e deveres com o corpo de Cristo.
Com isso não estou dizendo que o mesmo é inocente e merece um tratamento diferente do líder, mas caso um dos dois seja levado ao conselho da igreja com toda certeza alguns itens como a pouca experiência religiosa e relativa ignorância das doutrinas evangélicas serão levados em conta.
Diante disso podemos concluir que Deus odeia o pecado de todas as formas, mas na sua santa justiça Ele há de trazer tudo às claras como diz Atos 17.31:
“…Porquanto tem determinado um dia em que com justiça há de julgar o mundo, por meio do homem que destinou; e disso deu certeza a todos, ressuscitando-o dentre os mortos.”
Deus nos abençoe!