O TEOR TEOLÓGICO DA 6ª PETIÇÃO

     A Sexta petição da Oração do Pai Nosso se descreve da seguinte forma: “Não nos deixe cair em tentação, mas livra-nos do mal”. Podemos depreender algumas implicações teológicas para a vida cristã, a partir das premissas expressas no Catecismo Maior de Westminster sobre esta petição do Pai Nosso.

     A primeira premissa desta petição é nossa dependência à Soberania de Deus. A tradução literal deste versículo é: “Não nos leve à tentação”. A partir disto, concluímos que Deus pode nos levar à uma situação de tentação. Obviamente Deus não tenta a ninguém, como a epístola de Tiago. Mas, Deus pode levar alguém para ser tentado. Isto aconteceu com Jesus. Mateus capítulo 4 revela que Jesus foi levado pelo Espírito Santo para o deserto para ser tentado pelo Diabo. Como nós somos fracos, e como Deus pode em sua soberania nos levar para uma tenção para nos provar, ou as vezes nos humilhar quando nos ensoberbecemos, logo, devemos orar pedindo para Deus compaixão, rogando que ele não nos leve a uma tentação.

     A segunda premissa desta petição diz respeito à nossa dependência à providência de Deus, ou, mais exatamente, ao livramento de Deus. Devemos orar para Deus não nos levar a uma tentação, mas, caso ele decida permitir, então nossa segunda oração é para ele não nos deixar cair em pecado, donde se depreende a partir do texto: “livra-nos do mal”.

     Concluíamos que, no que diz respeito à nossa luta contra o pecado, dependemos totalmente da graça de Deus. Logo, devemos orar sempre, pedindo-lhe que não nos leve a uma tentação, e, caso ele decida mesmo assim nos levar, que ele não permita que caiamos em pecado. Assim, toda honra e toda glória pertencem a Deus, e, se quisermos vencer o pecado, devemos começar com uma contínua postura de oração e dependência de Deus. Que o Senhor nos ajude a vencer o mal.