É POSSÍVEL ALCANÇARMOS PERFEIÇÃO NESSE MUNDO?
(Pergunta 149 do Catecismo Maior de Westminter)
Um dos pensamentos humanos mais arrogantes, é o de achar que é possível chegarmos a um estado de perfeição moral aqui neste mundo. Apesar de parecer um absurdo, mas é fato que não só no meio incrédulo, mas até mesmo no meio cristão há grupos que creem ser possível se consagrar a ponto de alcançar um nível perfeição moral. Movimentos pietistas e moralistas asseveram isto.
Será realmente possível um crente se consagrar a ponto de alcançar a perfeição moral? Seria possível um ser humano, habitando neste miserável corpo corrupto encontrar a perfeição? Veremos que não é possível, pois a Bíblia nos deixa claro que não é possível, como veremos. O Catecismo Maior de Westminster responde a esta pergunta, nos dizendo da seguinte forma,
“Nenhum homem, por si mesmo, ou por qualquer graça que receba nesta vida, é capaz de guardar perfeitamente os mandamentos de Deus; mas diariamente os viola por pensamentos, palavras e obras.” (CMW, 149).
Podemos depreender desta reposta que é impossível chegarmos a um estado de perfeição moral, e a razão mais óbvia para isto é por causa da corrupção de nossos corações. A Bíblia nos diz que nosso coração é desesperadamente corrupto (Jr. 17. 9). Além disso, a Bíblia ressalta que só estaremos livre de nossa natureza terrena quando Jesus voltar, o que evidencia ainda mais esta verdade.
O Catecismo Maior atesta a verdade de inevitabilidade de nossa corrupção natural nesta terra, demonstrando a multiforme manifestação de nossos pecados. Segundo o Catecismo, violamos a lei de Deus diariamente, e isso porque pecamos através dos pensamentos, palavras ou obras. E, infelizmente não conseguimos controlar nossos pensamentos constantemente. A outra forma é através de palavras. Segundo Tiago 3, não há homem que consiga domar sua língua. E, finalmente, o CMW (Catecismo) ressalta que desobedecemos também por obras. Ademais, o livro de Apocalipse ressalta que as primeiras coisas passarão após a volta de Cristo, aí sim, não haverá mais dor, nem tristeza, nem a morte (Que é o salário do pecado).
Por fim, é necessário acrescentarmos o fato de que a inevitabilidade do pecado não deve servir de motivo para vivermos pecando. Ou seja, pecar de qualquer jeito, porque de qualquer jeito pecaremos. Temos um alvo, e este alvo é sermos semelhantes a Cristo (1Jo. 2. 6). Devemos perseguir este objetivo a todo custo. E esta é nossa responsabilidade. E, iremos ter sucesso no progresso dessa santificação, através da leitura da Palavra, e através da oração.
Que o Senhor nos conceda esta graça!