PRINCÍPIOS CONTIDOS NO PREFÁCIO DO PAI NOSSO
“Pai nosso que estás nos céus”
As orações descritas nas Sagradas Escrituras não são apenas registros históricos de narrativas sobre oração, mas são também referenciais teológicos para a vida cristã, no sentido de promoverem ensinamentos profundos acerca de Deus e sua relação com seu povo.
A Oração do Pai traz ricos ensinamentos para a vida cristã. Estes ensinamentos são evidentes desde o prefácio do Pai Nosso como veremos aqui. O Catecismo Maior de Westminster expõe estes princípios, como resposta à pergunta 189. Ele aponta os princípios contidos no prefácio da oração do Pai Nosso.
O primeiro princípio contido no prefácio da oração do Pai Nosso é sobre a natureza paterna de Deus. Jesus nos ensina que quando formos orar devemos dizer: “Pai”. Isso aponta para a natureza paterna de Deus. Deus é o nosso pai. Isso traz algumas implicações.
A primeira implicação é a providência de Deus. Deus como pai cuida de nós, nos protege e nos alimenta em todos os sentidos. Por isso, devemos confiar em seu cuidado, não temendo as lutas nem o por vir. Além disso, devemos descansar em Deus, sabendo que ele se compadece de nós como um pai se compadece de seu filho (Salmo 103).
O termo “Pai” ressaltado na oração do Senhor, nos infere uma relação cuidadosa com Deus, mas sob o aspecto de um cuidado corretivo, onde Deus, como pai, nos disciplina para aproveitamento, a fim de sermos participantes de sua santidade, como afirma o autor aos Hebreus, capítulo 12.
Ainda, por fim, o prefácio da Oração do Senhor nos lembra que Deus é o nosso Pai, mas também é o nosso soberano Senhor, pois ele é o pai que está “nos céus”, ou seja, implicando que nos resta sermos, de alguma forma, o estrado de seus pés. Ao mesmo tempo filho, ao mesmo tempo criaturas finitas e dependentes dele. Assim, devemos nos relacionar com ele com intimidade de filhos, mas com temor de súditos. Que Deus assim nos auxilie.